O Clube

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A Nossa História

A Sociedade Esportiva do Gama foi fundada no dia 15 de novembro de 1975 por Hermínio Ferreira Neves, o Tim, presidente da equipe amadora Minas Atlético Clube, sendo a primeira equipe profissional da cidade gamense. Seu primeiro jogo foi no dia 21 de fevereiro de 1976, na vitória de 2 a 0 sobre o Humaíta, pelo Torneio Imprensa.

Os dirigentes da Sociedade Esportiva do Gama conseguiram unir todas as equipes amadoras em torno do time profissional local e logo conquistou o carisma dos torcedores. Em 1977, o, então, administrador regional da cidade de Gama, e grande entusiasta do futebol local, Valmir Campelo de Bezerra, conseguiu recursos para a reconstrução do Estádio da Administração Regional do Gama e, no dia 9 de outubro daquele ano, houve a reinauguração.

Não tardou muito e a equipe conquistou seus primeiros torneios sendo bicampeão do Torneio Imprensa 1977/1978 e sua torcida já era a que mais frequentava os estádios do Distrito Federal.

Em 1979, veio o primeiro título do Campeonato Brasiliense sobre o Brasília Futebol Clube, que era tricampeão e o time mais rico de Brasília na época. Foi a vitória de Davi sobre Golias e, de vez, o “Gamão do Povão” caiu nas graças da população desportiva, ao ponto de dividir o público do Estádio Bezerrão, na partida contra o Flamengo/RJ pelo Campeonato Brasileiro de 1979, reforçado pelas torcidas do Vasco da Gama, Fluminense e Botafogo.

O “escrete” vencedor, até hoje, é lembrado pelos torcedores mais vividos: Hélio, Carlão, Kidão, Décio, Odair, Manoel Ferreira, Péricles, Roldão, Robertinho e Fantato, comandados pelo lendário técnico Martim Francisco.

O primeiro título regional veio no ano de 1981 quando o Gama conquistou o Torneio Centro-Oeste e a força da sua torcida fez com que a Federação Goiana de Futebol formalizasse convite para que o time passasse a participar do Campeonato Goiano, mais tradicional do que o local. A proposta foi vista com bons olhos, porém, os dirigentes gamenses declinaram dela.

O restante da década de 1980 foi de maus resultados dentro de campo, mas, mesmo assim, a torcida não deixou de apoiar a equipe e um fato curioso que deve ser registrado foi a classificação do time para o quadrangular final em um dos certames que tinha como critério a maior torcida registrada na fase classificatória, assim, literalmente, o público levou o time para a fase seguinte.

Em 1990, a presidência do clube estava a cargo de Antônio Alves do Nascimento, o Tonhão, e veio o segundo título candango, mesclando experiência de jogadores como Vicente e Zé Nilo com a juventude de atletas como Evandro Chaveirinho, Zoca e Augusto. Após uma crise financeira, o empresário Wagner Marques assumiu o cargo de presidente, em 1992, injetou recursos financeiros e logo a equipe passou a dominar o cenário futebolístico no DF, conquistando os títulos candangos de 1994, 1995, 1997 e 1998, ano este em que o Gama conquistou a Série B” do Campeonato Brasileiro com sua enorme torcida lotando o Estádio Mané Garrincha, onde especialistas apontaram a presença de mais de 40 mil pessoas vestindo as cores verde e branco e menos de 300 apoiando o Londrina/PR. A maioria não se decepcionou, pois o placar final encerrou em 3 a 0 para a Sociedade Esportiva do Gama.

A conquista da Série “B” possibilitou ao clube participar pela terceira vez da Série “A” do Campeonato Brasileiro; antes tinha sido em 1979 e 1980. Apesar de uma campanha razoável, terminando em 14º lugar entre os 22 clubes, a CBF, em conluio com o Clube dos Treze, modificou o critério de rebaixamento para a Série “B” e prejudicou o time gamense para beneficiar o Botafogo/RJ, promovendo a chamada “virada de mesa”.

O time candango não aceitou a anomalia e recorreu à Justiça comum, que tomou repercussão internacional e teve seu deslinde a favor do Gama. Após a batalha jurídica, a Sociedade Esportiva do Gama permaneceu na 1ª Divisão até 2002, caiu em 2003 para a Série “C”, conquistou o vice-campeonato dessa série, no ano seguinte.

Depois veio a queda: de 2005 a 2008 participou da Série “B”, em 2009 e 2010 integrou a Série “C”, em 2011 participou da Série “D” e atualmente o time é fora de série, como dizem os mais irônicos: “fora das séries A, B, C e D”.

O alviverde é o maior detentor de títulos do Distrito Federal, levantando a taça ainda em 1999, 2000, 2001 e 2003, 2015, 2019 e 2020 totalizando 13 em toda sua história. Após 20 anos como homem-forte, Wagner Marques deixou o comando e o clube atualmente passa por uma transição onde o objetivo é voltar a brilhar no cenário nacional como ocorreu no seu auge.

Mesmo o Distrito Federal não sendo um centro futebolístico, o fato é que a torcida do Gama, desde a sua fundação sempre foi a maior da região e é aquela que mais apoia o time, demonstrando isso várias vezes nos 48 anos de existência do clube, a ponto de, mesmo estando fora das quatro séries do Campeonato Brasileiro, a Sociedade Esportiva do Gama ainda figura entre os 40 primeiros times do coração” da Timemania, jogo promovido pela Caixa Econômica Federal onde cada apostador aponta um time do Brasil de sua preferência e toda essa paixão já virou até tese de mestrado.